Gangorra

Do outro lado, alguém sempre mais leve. Olhando de cima com um sorriso no rosto. E você do lado oposto, embaixo. Afundada. Sapatos sujos de terra, joelhos arranhados no chão. Sempre descida na outra extremidade do brinquedo - querendo saber o que carrega de tão pesado assim por dentro.

Bip

É lá onde eu amo que eu existo. Pouco importa tempo, forma ou dor. Sempre vai doer. Se é mais ou se é menos, é amor de qualquer jeito, do que sou feita, do que vou me sustentando, despertador que toca todas as manhãs na minha cabeceira e eu sinto uma preguiça danada de me esticar pra dizer que sim.

Ela chama, eu levanto e vou.